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‘Não à exploração do petróleo’, brada Instituto Mapinguari durante Marcha Global pelo Clima

Reunindo mais de 70 mil pessoas em Belém, evento ecoou demandas sociais que buscam justiça climática.

O Instituto Mapinguari participou da Marcha Global pelo Clima, que reuniu mais de 70 mil pessoas pelas ruas de Belém (PA) neste sábado (15), segundo dados da organização, sendo considerada uma edição histórica. Representando as demandas sociais do Amapá e do mundo, a organização bradou: Não à exploração do petróleo!

“Trazemos uma mensagem que foi construída em nossos territórios. Dizemos ‘não’ à exploração do petróleo! Entendemos que a exploração de combustíveis fósseis na Bacia da Foz do Amazonas, no bloco 59, é a porta de entrada para exploração de alto nível em toda a região. Isso nos traz e gera um impacto muito grande”, afirma a analista de projetos em Bacias Hidrográficas do Instituto Mapinguari, Flávia Guedes.

A marcha faz parte da programação da Cúpula dos Povos durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática – COP30, e foi construídos por mais de mil organizações. Neste ano, o movimento trouxe o tema “A resposta somos nós”, contando com a participação de povos diversos.

Durante o evento, o Mapinguari levantou bandeiras, faixas e estandartes com mensagens em defesa da vida e dos povos tradicionais, e se juntou às milhares de vozes em defesa da Amazônia. Os materiais artísticos foram confeccionados durante a oficina Artivismo, que aconteceu na quinta-feira (13). [Inserir link dessa matéria]

“O Instituto trouxe consigo 12 artistas amapaenses, com mensagens contra a exploração do petróleo, a favor de uma alimentação saudável, resiliente, e pela proteção dos nossos territórios. A gente fica muito feliz em poder trazer a arte para dentro do ativismo, porque cultura é ação climática”, destaca o diretor técnico Yuri Silva.

O Instituto Mapinguari também marchou pelo cuidado com os sistemas alimentares para manter as florestas em pé e garantir comida de qualidade para todos.

“Estamos aqui também pelos sistemas alimentares amazônicos, para falar que a gente precisa apoiá-los. A agricultura familiar deve ser vista como esse estruturante do desenvolvimento econômico dos nossos estados, do Amapá, do Brasil”, aponta a analista de projetos em Sistemas Alimentares, Jane Moura.

As ameaças trazidas pela exploração de combustíveis fósseis e a falta de estratégia para transformar os sistemas alimentares são denunciados na carta-manifesto “E depois da COP30? Queremos uma Amazônia com justiça climática e transição justa!”, lançado durante a Conferência. O documento aponta ainda quatro pilares com soluções viáveis para mudar a relação com o uso da terra.

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