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Tema foi abordado durante painel na Casa da Cidade, na terça-feira (18).
O Instituto Mapinguari segue cumprindo agendas na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática – COP30, em Belém. Nesta terça-feira (18), houve participação no painel “Petróleo, Clima, Manguezais e Povos das Marés: o que está em jogo?”, realizado na Casa da Cidade, que lançou luz sobre os graves riscos socioambientais da exploração de petróleo nas proximidades de territórios costeiros.
A organização foi representada pelo diretor técnico, Yuri Silva, que integrou o debate juntamente com representantes de organizações como a Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Amapá e Norte do Pará (Apoianp), a Rede de Mulheres Praianas da Resex de Cururupu e o Instituto Arayara.
O foco principal da discussão foi a ameaça que a exploração de petróleo representa para os frágeis ecossistemas de manguezais e para a subsistência dos Povos das Marés. Os participantes compartilharam relatos e análises sobre os impactos que já estão sendo sentidos, e o perigo iminente de desastres ambientais de grandes proporções.
“A gente acredita na governança participativa, ela é fundamental para assegurar nas mãos das comunidades locais o poder de seus territórios
Essa é a garantia da participação social, do processo de escuta aos povos indígenas, do licenciamento que respeita as identidades, as culturas e os potenciais locais”, afirma Yuri Silva.
Um ponto bastante apontado pelos painelistas foi a ausência de consulta prévia, livre e informada às comunidades tradicionais afetadas, que ficam desorientadas em relação ao que acontece dentro de seus territórios.