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Na “Zona Verde”, painel reuniu representantes dos povos tradicionais, gestores e ministro do governo brasileiro.
O Instituto Mapinguari apresentou a carta-manifesto “E depois da COP30? Queremos uma Amazônia com justiça climática e transição justa!” a autoridades dos governos do Amapá e do Brasil durante evento na “Zona Verde” da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém. O documento denuncia a exploração de combustíveis fósseis e o agronegócio, além de propor soluções frente às ameaças socioambientais e climáticas em escala global.
A apresentação e discussão foi realizada durante o painel “Justiça Climática e Povos Tradicionais”, realizado na quarta-feira (12), no estande do Amapá. O evento contou com a participação de gestores estaduais, representantes dos povos tradicionais e da sociedade civil e do ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.

Na oportunidade, o diretor técnico do Instituto Mapinguari, Yuri Silva, defendeu a proteção dos territórios amazônidas contra novos investimentos da economia predatória, que, historicamente, não tem respeitado a vida dos povos tradicionais.
“Não podemos ignorar os impactos e conflitos dos grandes empreendimentos, nem da exploração de minério, entre outras atividades. Não há, no Amapá, quem diga que não existem esses impactos. A partir disso, a gente precisa olhar para as ameaças da exploração de petróleo nos nossos territórios, em especial aos povos pesqueiros e indígenas. Essa é uma das preocupações que trazemos nesse manifesto”, expõe Yuri Silva.
A carta-manifesto, que já conta com 45 assinaturas, também traz uma crítica à ausência de estratégias concretas para transformar os sistemas alimentares. Além disso, o texto apresenta quatro recomendações para o futuro da Amazônia pós-COP 30. Confira o documento completo aqui.