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Instituto Mapinguari contribui com iniciativa que pauta atos políticos de sobrevivência coletiva.
A cidade de Belém (PA) recebe, nos dias 9, 10 e 11 de novembro, a “Tenda de Cuidados”, um dispositivo pensado para debates e ações que fortaleçam as pessoas que sustentam os territórios. Entre as atividades realizadas está o painel “Crise Climática, Crise de Cuidados: Corpos, Territórios e Resistências”, que contou com a participação do Instituto Mapinguari neste domingo.
A Tenda está entre as iniciativas realizadas durante o período de Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – COP30, convidando o público participante de todas as regiões brasileiras e também de outros países a conhecerem e se engajarem com atos políticos de sobrevivência coletiva.
Durante o painel, a analista de projetos do Instituto Mapinguari, Flávia Guedes, falou sobre a vivência dos corpos amazônicos. Ela ainda aproveitou a oportunidade para alertar sobre os riscos da abertura da Bacia da Foz do Amazonas para a exploração de petróleo.

Foto:@eguaregina
“Isso não é vida nem desenvolvimento. É uma tentativa, mesmo que encoberta, de promover o colonialismo e a violência dentro da Amazônia. Eu acredito que esse é o momento em que a gente precisa se levantar e perceber que não estamos falando somente de biodiversidade ou somente do Amapá, mas de uma atividade que impacta de forma global”, afirma Flávia.
O espaço, que está montado no “Quilombo da República”, na Praça da República, bairro Campina, homenageia a ativista do movimento negro Nilma Mendes. A iniciativa é uma realização do Coletivo Etirecências, do Centro de Estudos e Defesa do Negro no Pará (Cedenpa), em parceria com o Laboratório da Cidade e a Associação Intercultural de Hip-Hop Urbanos da Amazônia (Aihhuam), com apoio dos institutos Mapinguari e Clima e Sociedade (ICS).
Além de painéis, a programação do espaço conta com prática de cuidados, roda de conversas, exposições, Banquetaço e shows.