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jul
Diretoras do Instituto Mapinguari apresentaram discussões sobre sistemas alimentares em parceria com o Comitê COP 30
Macapá (AP) – As diretoras do Instituto Mapinguari, Anália Barreto e Hannah Balieiro, representaram o Amapá e a juventude amazônida na Conferência Climática de Bonn, realizada entre os dias 16 e 27 de junho, na Alemanha. A participação das lideranças amapaenses reforçou o protagonismo dos povos da Amazônia na arena internacional da luta climática e evidenciou a importância de que territórios da floresta estejam no centro das decisões sobre o futuro do planeta.
A Conferência Climática de Bonn é uma etapa técnica organizada anualmente pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). Sediado na ONU Clima, o evento discute temas estratégicos e antecipa pautas que serão aprofundadas nas Conferências das Partes (COPs). Neste ano, o encontro teve papel ainda mais crucial por preparar o terreno para a COP 30, que será realizada em novembro, em Belém do Pará, e contará também com a presença do Instituto Mapinguari.
Durante a conferência, o Instituto acompanhou especialmente as discussões sobre Sistemas Alimentares, conectando a agenda internacional à sua atuação local em experiências sustentáveis no Amapá. O trabalho da organização nesse campo busca soluções que aliem segurança alimentar, justiça climática e fortalecimento das populações amazônicas diante dos impactos da crise ambiental.
A presença do Mapinguari em Bonn esteve articulada à construção coletiva do Comitê COP 30 e à incidência política realizada pela coalizão da sociedade civil que atua no processo preparatório da conferência. Esse engajamento reforçou a importância de garantir a escuta e o protagonismo de jovens, mulheres e comunidades tradicionais da Amazônia nas decisões sobre o clima.
O Amapá, que concentra uma das maiores proporções de floresta conservada do Brasil, também tem enfrentado eventos extremos, como estiagens severas e queimadas intensas. Em um contexto de aceleração das mudanças climáticas, a presença de cidadãos da Amazônia nos espaços de decisão e influência global torna-se essencial.
A atuação do Instituto Mapinguari em Bonn representou, portanto, não só a defesa de políticas climáticas justas e territorializadas, mas também o compromisso de manter viva a floresta em pé com justiça social e protagonismo local.