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O Prêmio, idealizado pelo Ministério das Cidades, promove iniciativas que buscam reduzir desigualdades socioterritoriais e reconheceu a #DestravaPeapos como uma campanha de fortalecimento das Redes de Produção e Acesso a Alimentos Saudáveis
Sonhando com os dias em que o Amapá terá a Política de Agroecologia, Produção Orgânica e Sociobiodiversidade (Peapos) implementada nas áreas rurais e urbanas do território, é que o Instituto Mapinguari levou a campanha #DestravaPeapos à Torre de TV de Brasília na quinta-feira, 28, para receber o Prêmio Periferia Viva 2024. Neste ano, a premiação seguiu o lema “Periferia Viva é Periferia sem Risco”, destacando a urgência das crises climáticas e a participação de projetos que minimizam riscos socioambientais nas periferias.
Realizado pelo Ministério das Cidades (MCID), por meio da Secretaria Nacional de Periferias, a 2° edição do Prêmio Periferia Viva reconhece e potencializa iniciativas que promovam o enfrentamento às desigualdades ou potencializam transformações nos territórios periféricos. E, no Amapá, a #DestravaPeapos se destacou através do debate sobre sistemas alimentares resilientes, segurança alimentar nas áreas rurais e periurbanas e o acesso a alimentação sem veneno, além da aprovação da Lei através da mobilização social no campo e na cidade.
Dividido nos eixos: Iniciativas Populares, Iniciativas de Assessorias Técnicas e Iniciativas dos Entes Públicos Governamentais, o Prêmio explora categorias que refletem desde ações territoriais coletivas até estratégias de incidência política. E foi na categoria “Economia e Redes Solidárias” que a caminhada do Mapinguari rumo à promoção das redes de discussão, produção e acesso a alimentos saudáveis, foi reconhecida como iniciativa de fortalecimento da potencialidade da agricultura familiar integrada ao debate de segurança alimentar e emergência climática.
Yuri silva, Diretor Técnico do Instituto Mapinguari evidencia a importância de trabalhar pela transição justa nos sistemas alimentares atendendo às realidades locais ”Nós temos olhado para a incidência que pauta a PEAPOS de forma contínua e coletiva até a sua efetivação no território, sob óticas múltiplas que integram a potencialidade da agricultura familiar e entendem a política pública como uma ferramenta para o abastecimento da mesa de populações em situação de insegurança alimentar e também de enfrentamento aos efeitos das mudanças climáticas”, disse.
Há de se destacar que, reconhecer e estimular esforços voltados ao fortalecimento socioterritorial e a proteção socioambiental, se mostra importante ao passo que as organizações baseadas nos territórios se articulam para enfrentar os impactos da crise climática com luta e legado.
AGORA É: PRO AMAPÁ AVANÇAR, IMPLEMENTA PEAPOS JÁ!
Em dezembro de 2023, a PEAPOS foi aprovada em regime de urgência na Assembleia Legsilativa do Amapá, estamos prestes a fazer um ano desta conquista, mas não há mais o que comemorar, porque mesmo há um passo de transformar a produção de alimentos sustentáveis uma realidade no Amapá, ainda não houveram movimentações sólidas para a implementação da política pública.
Mas não é tarde para agir e, por isso, estamos ativos na campanha “Pro Amapá Avançar: Implementa Peapos Já!” junto a parceiros que, com o acontecer da luta pela transição justa em sistemas alimentares, vem se alinhando ainda mais às agendas de uso da terra e direito à alimentação saudável.
Somando as vozes, entre o campo e a cidade, entre quem produz e quem se alimenta, ecoa-se a mensagem: O compromisso firmado com as comunidades que serão beneficiadas pela PEAPOS, tanto rurais quanto periféricas, não pode ser esquecido.
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