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Durante a COP 28, organizações da Amazônia criam o “Comitê COP 30” para cobrar maior participação da sociedade civil na construção da conferência do clima, prevista para acontecer em Belém do Pará em 2025. O movimento atualmente formado pelas organizações Mandí, Mapinguari, GuetoHub, Laboratório da Cidade e Palmares LAB busca dialogar com os tomadores de decisão propondo a implantação de políticas climáticas e fazem um chamado para adesão de organizações da Amazônia e de outras regiões brasileiras.
O anúncio do Comitê foi realizado no dia 05 de dezembro no pavilhão do Equador integrado à Mobilização Internacional dos Povos pela Terra e Clima, na Expo City Dubai, onde ocorre a conferência do clima este ano.
O principal objetivo é impulsionar a agenda climática nos territórios, estendendo sua efetividade não somente à Convenção prevista para 2025, mas para uma abrangência que inclua as periferias nesse processo.
Como explica Hannah Balieiro, diretora executiva do Instituto Mapinguari do Amapá, “minha ambição é ver as propostas da sociedade civil sendo trazidas para a negociação, sendo pautadas de forma séria e pautadas pelos nossos governantes, a níveis estaduais e internacionais. Trazendo os projetos em pequenas escalas locais como case de sucesso para ambiente de negociação global”, explica.
O Comitê atua a partir de negociações e proposições de eventos locais, trazendo como sugestão a criação de uma Yellow Zone, integrada às zonas existentes nas COPs, Blue Zone e Green Zone. Segundo o idealizador da Yellow Zones, Jean Ferreira, diretor do GuetoHub do Pará, esse novo espaço são polos onde as organizações podem unir a captação filantrópica, articulação e participação social nos territórios.
“Com o objetivo de firmar um compromisso das COPs com as cidades dos países em desenvolvimento que recebem o evento, estamos criando as Yellow Zones, que são zonas de atuação em áreas periféricas da cidade. Faremos isso pela primeira vez em Belém do Pará para dar exemplo ao mundo”, relata.
Para a urbanista Sâmyla Blois, do Instituto LAB da Cidade do Pará, é essencial que os investimentos sejam direcionados para as pessoas que mais precisam, principalmente nas baixadas e periferias.
“O que a gente quer até a COP 30 é que os fundos de investimentos em adaptação sejam direcionados para as infraestruturas urbanas. E que esse fundo seja colaborativo incluindo quem mais sofre os impactos das mudanças climáticas, que são as pessoas negras, as mulheres, as crianças que estão nas periferias das cidades amazônicas”, coloca.
É imprescindível assegurar que a COP da Amazônia deixe um legado tangível, focado em uma cobertura verde ampliada, saneamento aprimorado e uma agenda climática alinhada com as demandas populares.
As organizações se posicionam como uma força unida, pronta para cocriar com os governantes e secretariado da UNFCC a construção de um patrimônio climático a partir da sociedade civil e da Amazônia para o mundo. Evoluindo como um marco do Acordo de Paris, passando pela COP 28 para consolidar esses esforços na COP 30.
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Assessoria de Imprensa Comitê COP 30:
Thales Lima – [email protected] – (96) 98145-0921
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