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Evento do Instituto Mapinguari integrou arte, pesquisa e debate sobre justiça climática na programação da agenda pré-COP30.
Macapá (AP) – Em celebração ao Mês da Amazônia e como parte da programação da pré-COP30, o Instituto Mapinguari promoveu, no dia 20 de setembro, o evento ATP apresenta: Vozes Amazônicas, reunindo arte, pesquisa e diferentes saberes em um espaço de diálogo sobre desenvolvimento socioeconômico e estratégias para enfrentar a crise climática.
A iniciativa teve três objetivos centrais: divulgar os resultados da pesquisa de opinião Vozes do Amapá: Caminhos e perspectivas sobre o futuro ecônomico e ambiental do Estado; promover um momento de escuta coletiva e incidência junto ao Balanço Ético Global (BEG); e celebrar o Dia da Amazônia, mobilizando o público para a coleta de assinaturas em apoio à Virada Amazônia de Pé 2025.
Com cerca de 50 participantes, o evento reuniu um público majoritariamente jovem, negro e periférico, 66% tinham entre 18 e 34 anos, 77% se autodeclararam pessoas negras e 54% eram moradores de periferias urbanas, reafirmando a importância de incluir a pluralidade de vozes no debate sobre a Amazônia e a crise climática.
A programação teve início com a divulgação da pesquisa Vozes do Amapá que apresentou percepções da população sobre meio ambiente, economia e futuro sustentável do estado. Os resultados serviram como ponto de partida para reflexões sobre alternativas de desenvolvimento socioeconômico e estratégias de enfrentamento da crise climática. A plenária de diálogos autogestionados inspirada na metodologia do BEG. As discussões foram guiadas por duas perguntas centrais: Por que continuamos com modelos de produção e consumo que prejudicam os mais vulneráveis e não enfrentam a emergência climática? E Como valorizar os saberes ancestrais e combater a negação da ciência diante da crise ambiental?
Essas reflexões deram origem a um documento coletivo, construído com base nas contribuições dos participantes, que foi submetido ao Balanço Ético Global (BEG). O material sintetiza as recomendações e perspectivas surgidas durante o encontro.
Os participantes prestigiaram também uma exposição artística imersiva intitulada Vozes Amazônicas, com dez telas de artistas amapaenses inspiradas nas mensagens trazidas pela pesquisa. O espaço também contou com a exibição em áudio do vídeo A luta dos pescadores artesanais do Oiapoque contra a pesca industrial, produzido pelo canal Oeco, ampliando o diálogo entre arte, território e resistência.

(Mulheres amazônidas de Olhar Marcante. Obra de Luci, artista amapaense. Para conhecer mais sobre o trabalho da artista, no instagram acesse: @eindge)
O evento foi encerrado com um pocket show da artista Chico Caetano, que trouxe leveza e potência ao espaço, celebrando a cultura amapaense e reforçando a importância da arte como forma de resistência e esperança.
