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Instituto do Amapá é recomendado pela ONU como organização observadora em debates climáticos

Indicação da organização socioambiental Mapinguari pela Organização das Nações Unidas abre portas para uma incidência mais efetiva dos jovens amapaenses na COP 30 em Belém.

Macapá (AP) – O Instituto Mapinguari, organização socioambiental com sede no Amapá, acaba de ser recomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como organização observadora da UNFCCC – a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. A recomendação abre caminho para uma participação mais ativa e estratégica da entidade nas principais negociações e decisões globais sobre a crise climática, incluindo a COP 30, que será realizada em Belém no mês de novembro.

Com o novo status, o Mapinguari poderá acompanhar de perto os debates multilaterais, propor eventos oficiais nas conferências e contribuir com recomendações técnicas e políticas. A conquista é um marco para a Amazônia brasileira, ao ampliar a representatividade de organizações da região Norte, sobretudo do Amapá, em espaços decisórios da ONU.

“Essa recomendação representa o reconhecimento da nossa trajetória e amplia nossa legitimidade para seguir atuando em defesa da justiça climática para os povos e territórios”, afirma Anália Barreto, diretora-executiva da organização, que há anos articula estratégias de incidência nas Conferências do Clima.

O Instituto Mapinguari já vinha participando das COPs como parte da sociedade civil, construindo pontes entre os saberes amazônicos e os fóruns internacionais. Agora, com o credenciamento oficial, fortalece sua atuação e se soma a outras organizações brasileiras que também foram aprovadas como observadoras.

Para Yuri Silva, diretor-técnico do instituto, “a participação destes espaços globais com maior incidência é importante para que consigamos não só materializar essas discussões em políticas públicas locais, estaduais e municipais, como também para apresentar nosso acúmulo no Amapá para o mundo”.

Além do “Mapin”, outras organizações da sociedade civil, com forte atuação na Amazônia, junto a povos e territórios vulnerabilizados, também vão estar acompanhando a COP 30 e demais espaços de debate climático da ONU:

  • Laboratório da Cidade;
  • PerifaConnection;
  • Comitê Chico Mendes;
  • Mandi;
  • Geledés;
  • Talanoa;
  • CoJovem;
  • LacClima;
  • Suraras do Tapajós;
  • Escola de Ativismo;
  • Clima e Política;
  • Instituto Peregum;
  • Conf. Nacional dos Bispos do Brasil.

A presença ampliada da sociedade civil brasileira na UNFCCC é vista como essencial para garantir que os territórios mais afetados pela emergência climática, como a Amazônia, tenham voz nas decisões globais. O reconhecimento do Instituto Mapinguari é também uma vitória simbólica para o Amapá, um dos estados mais preservados da floresta, mas ainda com pouca presença institucional em espaços internacionais.

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